Jantar
Na quinta-feira fui jantar comida africana. Com uma amiga. Maravilhoso. Preciso cada vez mais de falar, intimamente, com as outras pessoas. De mim. Dos outros. De mim para os outros e dos outros para mim. Foi bom falar, simples no sentir. Não sei se fui realmente incómodo ou se não dei o espaço necessário. O espaço que, sendo dos outros, tenho de respeitar. Não estragar. Esperar que o meu espaço não suje os outros espaços. Foi bom jantar com ela.
Tentação
Sinto a tua falta. A tua parte do meu cérebro está adormecida. Não consegue compreender porque não estás aqui, em mim. Quando a levo para tua casa, desejo sair do carro e subir até ti. Tocar-te. Beijar-te. Aquecer-me no teu desejo. Sujar-me com o teu suor. Mas não. Conto até 20. 1,2,3,4,5,6,7,8,9,10,11,12,13,14,15,16,17,18,19,20, respiro fundo. Contenho-me. Não vou sair do carro, não posso. O tempo passou, cedo demais. Foi por isso que não conseguimos aguentar. Foi tudo, sempre, cedo demais. Imaturos. A tua e a minha parte juntaram-se rápido demais, sem preparação, em choque brutal. Não nos queima-mos mas provoca-mos um resultado maravilhoso. Sem pieguices. Foi tudo muito cedo, muito rápido, muito bom. Por isso sei que não vamos voltar a misturar os nossos suores. Quero dormir não para esquecer mas para te sonhar. Saudar a tua memória. O teu desejo que estará sempre em mim.
Quero dormir.
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