30 janeiro 2004

Fixe

Ainda ninguém leu merda alguma do que eu já escrevi.

18 janeiro 2004

Existir.

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Três vezes.

Três vezes tentei, três vezes falhei. Três vezes falei, três vezes me calei, esperando a resposta. Três vezes tentaste me responder, três vezes falhas-te. Diz-me, consegues me beijar sabendo que já, ai, ao teu lado, eu não estou?
Mas, e eu?
Perto do fim.

Abri a porta, tentei entrar. Vi reflectido no espelho pequeno, colocado atrás do cristo pendurado, a imagem da noite que acaba. Desculpei-me, disse que estava constipado, que aqueles olhos são de gripe. Não acreditei. Também não me interessa, não existe ninguém para enganar. Ninguém para convencer. Julgo estar a aproximar-me do meu fim, talvez um pouco rápido demais, talvez demasiado lento. Nunca irei saber. No fim, nunca saberei se consegui ou não.
Um abraço.

Um sorrir simples. Uma tentação infantil. Um beijo. O toque na tua mão. O teu corpo, para mim, na minha saudade. Uma canção triste. A alegria esquecida. O teu corpo, o meu tremor. O teu cheiro que me ocupa, que me invade sem permissão, sem objecção. Camisa preta, quase justa. Saia simples, contorno dos movimentos sedutores, provocação com dor. O meu passo acelerado, compassado, com o teu cheiro. Um pedido de estar, junto, mesmo em silêncio. Nunca dissemos amo-te, nunca o diremos. Não agora. Não depois do fim, na continuidade de nós, soltos. Mesmo assim, ficou para sempre nas minhas mãos, o teu sorriso simples, a tua mão tentadora.
Urbanismo real.

Casas negras, sujas com águas residuais, casas negras das fábricas, albergam pessoas sem interesse algum na vida. Existências que o são por o ser, sem lógica ou por quererem. Arquitecturas como torres de térmitas nojentas, aproveitadoras de detritos dessas fábricas, ocupam espaços necessários e vitais, para o viver com ar. Espaço, a sua falta, a sua presença no existir, opressor dos nossos sentidos, condicionando as cores e suas temperaturas, os sons que não conseguem propagar nas condições correctas até aos nossos sabores rítmicos. Temos de sabotar as redes e vedações, rebentar as paredes que impedem o desenvolvimento, esventrando por fim, novos caminhos de visão para além das nossas limitações. Afinal, os muros também caem, como folhas podres, saturadas, de estruturas já passadas.

12 janeiro 2004

Se pudesse

pois bem, não sei se posso, mas se pudesse, bom, se pudesse fazia mesmo assim. Mesmo não sabendo se posso, faria na mesma, mesmo que não o pudesse fazer.

10 janeiro 2004

Mary Quant.

Realmente, será que o Vaticano ainda não entendeu que deve, tem de, canonificar essa santa senhora? Bem dita sejas, Mary, por teres criado a magnifica, esplendorosa, sublime, suprema, incrível, mini-saia. Ah, que terapêutico é, andar na rua e ver as damas, belas, esplendorosas, com as suas belas pernas, de um lado para o outro! Ah, mini-saia dos nossos desejos!

09 janeiro 2004

Ondas de radiação.

Corpos de bronze falso, cobertos de fragmentos de montanhas já idas, tensos e deitados em cima de tecidos de imagens estampadas, foleiras,
com químicos de protecção espalhados docilmente. Canso o meu olhar,
sossego o folgo contido, o respirar descontrolado, levanto-me. Corro para a água, mergulho. Nado, para longe, criando uma distância enorme entre mim e o resto. Mergulho. Nado dentro da água, quente e calma, como se procurasse um motivo para esquecer tudo o resto, todos os restos, libertando-me assim de problemas
que me consomem. Deixo-me flutuar, olhando para o céu, como um corpo morto
a fugir, arrastado pelas correntes, e penso em tudo o resto, o resto que tento sempre me esquecer. Acalmo o respirar, profundo, olhando para o azul ofuscante, abrasador, e recolho da minha memória o que necessito de resolver.
Se conseguir voltar, ainda em tempo, no tempo dos outros, vou telefonar para ti. Vou tentar falar contigo, dizer-te coisas que nunca consegui, perto de ti, dizer. Tenho de te falar, de te dizer que te odeio, que me metes nojo, que não suporto mais saber que vives, que o teu belo sorriso me dá náuseas, vómitos,
lembrar-me que a minha língua lambeu a tua, tocou os teus dentes,
a minha saliva misturada no teu suor. Quero te matar, arrancar do meu imaginário, criação da memória, do passado ainda marcante.
Quero-te misturar nas cinzas do meu passado, do meu já existido. Fecho os olhos. Com uma mão molho a cara, água salgada. Mergulho de novo.
Nado em direcção aos corpos de bronze falso, radiações de marcas diversas. Caminho na areia. Vou para o carro, abro a porta, entro.
Chave na ignição, primeira. Vidros abertos. Tenho de ir ao multibanco,
não me posso esquecer. Ligo o rádio, Cd de musica, mp3, musica de Dj’s franceses.
Aumento o volume. Fecho os vidros. Djacid - lyondance, Junior Market – dnb,
D_vision – funky. Molho os lábios. Sorrio. Paro o carro no fim da curva,
puxo o travão e desligo o carro. Encosto a cabeça, e imagino projectado no vidro do carro, as imagens que recordei na água. Fecho os olhos.
O telemóvel toca, atendo. Uma voz irritante pergunta-me onde estou,
vai para a merda. Foda-se, deixe-me em paz, não me apetece aturar seja lá quem for. Foda-se. Olho para o relógio no tablier do carro, tenho de limpar esta merda toda, só sujidade. Saio. Nesta rua as pessoas parecem ser todas um monte
de animais sem destino, soltos sem dono. Bem, vou continuar a andar,
se calhar vou andar a acelerar, aos saltos ou em passos bem curtos. Não sei.
Vou até ao café ali ao pé da paragem, cantinho do mané. Um mil – folhas
e uma cola, obrigado. Não, não é necessário um cinzeiro, obrigado.
Sento-me numa mesa ao canto, lá ao fundo, refundido. Desenho no guardanapo, uns riscos quaisquer e sujo os dedos com a tinta da caneta futura.
Acabo a cola e apetece-me arrotar, não o faço, é muito mal aspecto,
muito mesmo, bocejo. Quanto é? € 3? Chiça! Tudo bem, é melhor sair daqui,
que estes gajos roubam bem. Na rua, as pessoas continuam a comportar-se como animais, soltos e sem dono. Sem nexo. Sem seja lá o que for. Também não me interessa. Deixo o carro, ali, ao pé da curva, estacionado e dirigi-me para o jardim ali perto. Sento-me num qualquer banco, sacudo a areia das botas, areia da praia dos corpos de bronze falso, como a apagar a memória deste verão intenso.
Deito-me no banco e adormeço.

05 janeiro 2004

MMMM

As meretrizes mutantes da mata do monsanto
Mis huevos

Bem, já perceberam que aqui ao lado, do lado esquerdo deste bloguito, sim, esquerdo, aqui ao lado, existe um atalho para uma coisa que se chama grandes mistérios? Não? Bom, não importa. Cliquem no nome mistérios e nessa página cliquem em cartoons. Foda-se, que espetáculo, uma bd do pepe online...

02 janeiro 2004

Já me esquecia...

É uma festa para a verdadeira sociedade, aquela que importa mesmo conhecer, sim, das pessoas bonitas, chiques e sem vómitos...
Gostavas de ser convidado/a para a festa de aniversário do pepe?

E que tal, se eu te disser que essa festa é também a festa de aniversário da Ana Bébe de Freitas, festa de debutante da Ana, gostarias de ser convidado/a? Pois então, escreve-me para: bixogaspar@hotmail.com e saberás o dia, a hora e o local deste magnifico evento. Mais, não te esqueças que é uma festa a rigor, sim, de fato e gravata e as gajas de saias e femininas... bom, se queres passar uma noite em plena festa de glamour e brilhantina, não te esqueças desta festa. E que 2004 seja um ano bom, brilhante, glamoroso e tudo o que for necessário para sermos o que qiuisermos.