Simplesmente
Por culpa da Sofia, desculpa minha, comecei a recordar de tudo, de todos. Pessoas, lugares, actos, roupas, músicas, livros, viajens, tudo, tudo o que fui. Nostálgia pura. Memória ainda não currupta. As conversas, as bebedeiras, a rebelia, os beijos, o sexo, os seios, vaginas, escola, professores... ah, aquela prof de matemática! Incrivel, como eu fui. Lembro-me de tudo, rápido, como se o tempo fosse acabar, curto demais, não me permitindo viver os meus albuns de memória. Suzie, João Galante, Gil, Sofia, Paula Cachopa, Paulo d'Assunção, Rui Elias, Ana Cristina, Sara, Miguel, Alex, Leonor Pinela, António "Oeiras", Carla, Maria Del Mar, Pedro Patricio, Conceição, Rosária, tantos, tantos nomes que não consigo mais recordar. Aqueles momentos na alameda das ganzas, a tasca em frente, demasiadas imperiais. As músicas que ouviamos e viamos, em festas, em concertos. Por vezes, ainda encontro pessoas dessa minha vida, desse meu estar. E estranho. Estranho-os. Não percebo porquê. Por vezes, estranho incómodo, não os consigo associar com as suas imagens em mim. São diferentes, eu sou diferente. Estou diferente. Deixei-me levar pela mudança, a minha mudança, sempre rápida demais e sem consciência de mim. Não quero voltar para trás, não me sinto bem. Só quero recordar, sofrendo, e conhecer todos, de novo, para uma continuidade que me faz falta.
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