27 agosto 2014

RECUAR | bd censurada/proibida

Como já estava à espera, os artigos da Constituição da Nossa República continuam a não ser reais.
Artigo 2.º
Estado de direito democrático
A República Portuguesa é um Estado de direito democrático, baseado na soberania popular, no pluralismo de expressão e organização política democráticas, no respeito e na garantia de efectivação dos direitos e liberdades fundamentais e na separação e interdependência de poderes, visando a realização da democracia económica, social e cultural e o aprofundamento da democracia participativa.

Artigo 37.º
Liberdade de expressão e informação
 1. Todos têm o direito de exprimir e divulgar livremente o seu pensamento pela palavra, pela imagem ou por qualquer outro meio, bem como o direito de informar, de se informar e de ser informados, sem impedimentos nem discriminações.
2. O exercício destes direitos não pode ser impedido ou limitado por qualquer tipo ou forma de censura.
3. As infracções cometidas no exercício destes direitos ficam submetidas aos princípios gerais de direito criminal ou do ilícito de mera ordenação social, sendo a sua apreciação respectivamente da competência dos tribunais judiciais ou de entidade administrativa independente, nos termos da lei.
4. A todas as pessoas, singulares ou colectivas, é assegurado, em condições de igualdade e eficácia, o direito de resposta e de rectificação, bem como o direito a indemnização pelos danos sofridos.


Uma BD minha que foi recentemente censurada/proibida por não estar de acordo com o pensamento "politico e social" vigente neste desonrado País.




1 comentário:

Pedro Moura disse...

É uma pena estar publicada aqui. Na verdade, e fazendo de advogado do diabo, não me surpreende que haja estas atitudes quando se pretende "defender" a viabilidade financeira de um projecto com dinheiros do poder político em vigor, como dizes. Não vamos fazer nem de ingénuos nem de vítimas a ficarmos surpreendidos.
Mais interessante será mesmo fazer circular esta informação de forma transparente e, depois, analisar a tua banda desenhada vinheta a vinheta e tentar compreender quais as razões específicas que levaram a esse chumbo.
É curioso que uma piada em torno do nome do banco possa ser lido como um imediato ataque anti-cultural e racista, quando a realidade a que ela aponta é, no fundo, não apenas real como obstáculo a uma discussão de assuntos maiores. Mas os quais, com as paixões que desperta, não convidará ao maior equilíbrio de argumentos, muito menos na internet.
Quanto aos "criminosos", é ainda mais divertido que não utilizes nem nomes nem rostos facilmente identificados, mas até escolhas um mais geral e vago (e possivelmente adolescente, se quisermos ir por aí) "eles", mas que é a mais pura verdade, ainda que ela se sinta na falência das nossas instituições, desde as supervisoras às da justiça.
Ou seja, uma banda desenhada destas, tem lugar nessa falência? A resposta é, "não". Ela é antes um instrumento contra essa falência.
Abraços.