06 janeiro 2006

O farol da minha distância.






A água suja espelhava o caminho que eu teria de percorrer até chegar. O brilho do farol magoava com o seu ruído metálico. Sempre a rodar, cobrindo de luz o que quero esconder. Dou o primeiro passo. Entro na água e começo a assobiar. Caminho por entre os reflexos e sobre as cabeças dos peixes que tem um ar imbecil. As minhas botas não permitem que a podridão da água entre, evitando assim a contaminação da minha pele. Adeus, a minha viagem sem regresso começou. Não deixo nada por acabar e não levo nada que mereça recordar. Beijos a quem amo e merda para quem amei.

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