16 outubro 2003

Idiota

Lisboa. 16h07m. Carros, demasiados, a circular por entre ruas apertadas. Gajas de roupas pesadas, sedutoras no olhar, putas no andar. Um pombo cagou à minha frente sem me acertar. Um bófia, filho da puta, coloca o bloqueador na roda de um carro que, passado um minuto do tempo permitido, não estava autorizado a estacionar ali. Ali, naquele canto escuro e estúpido, naquela rua barulhenta. Olho para as janelas e vejo uma boazona. Boas tetas, bom cú. 2º esquerdo daquele prédio pintado de rosa. Atrevo-me a subir? Ou sou cobarde demais para me atrever a comunicar com a tipa e engatá-la? Vou para a esplanada e peço uma imperial. Um cachoro quente. Uma empada e um rissol. Penso no que devia fazer. Vou ou não? A gaja quer ou não quer? Dá-me tesão, é um facto. Subo? A foda será boa? Bom, mais uma imperial, se faz favor. Foda-se... Vou arrotar. E a tipa, será que as tetas são verdadeiras? Mas o cú é mesmo bom. A porta do prédio não tranca, o que é muito bom. Vou subir, mas primeiro vou acabar esta imperial. Merda, mas quem me telefona? Estou? Sim? Ah, és tu... Diz. Como? Não, não posso ir. Eh pá, não sei, tou fodido e cansado. não me apetece ir. Sim, sim. depois ligo-te. Tchau. Vai pró caralho, foda-se... Bom, esta imperial já foi. O melhor é pedir outra. E a gaja, já não vejo a gaja... Mas que merda, sou sempre a mesma merda. que se foda... Vou comer mais uma empada e pedir uma garrafa de água para aliviar a garganta. Vou para o estudio desenhar. Levanto-me. Desculpe, vai sair? Foda-se... É a gaja... Mas que tetas... Sim, sim, vou sair. Obrigado. Estúpido... Ela senta-se na tua mesa e tu vais embora???? Que se foda. vou ver gajas nuas na net.

Sem comentários: